sexta-feira, 9 de abril de 2010

Justiça e Vingança na obra O conde de Monte Cristo




"A vingança procede sempre da fraqueza da alma, que não é capaz de suportar as injúrias"
(François de la Rochefoucald)

Em Le Comte de Monte-Cristo, romance da literatura francesa, o autor Alexandre Dumas, em 1884 atinge a tênue linha entre a justiça e a vingança. A trama, há pouco também reproduzida no cinema, diz sobre um jovem, Fernand Mondego que trai seu melhor amigo, Edmond Dantes, o levando sob falsa acusação à tenebrosa prisão ' Castelo D´ff. Edmond condenado, injustamente, à prisão perpetua, perde além de sua liberdade,o contato com sua família, amigos e sua amada noiva para Fernand Mondego.
Infeliz e solitário,certo dia Edmond é surpreendido por uma visita , seu vizinho de cela, o padre Faria. O misterioso abade passa todo seu legado de conhecimento à Edmond Dantes, o ensinando filosofia, física, química,entre outras disciplinas, além de lhe dar um pequeno mapa do tesouro de Spada, fato que transformará sua vida.
De maneira esplendorosa Edmond Dantes consegue fugir da prisão do Castelo D´ff e encontrar o tesouro tão almejado pelo Abade, tornando-o assim o milionário Conde de monte Cristo. A partir desse momento Edmond passa da figura de vítima para vingador, conspirando sua saborosa vingança contra Fernand Mondego e seus comparsas.
O mais surpreendente na obra é que nós, leitores e espectadores corroboramos e almejamos a vingança tanto como Edmond, esquecendo que esta é a atitude de uma alma corrompida e fraca, cega por um desejo de justiça a qualquer preço. Apenas a vingança sacia a alma do leitor, visto que uma sigela condenação pelo Estado não retribuiria o mal causado por Fernand e seus ajudantes. E assim, por alguns segundos, esperamos atonitos o duelo entre os protagonistas; entre o bem e o mal, e nos deixamos levar pelo sentimento de vingança, que nesse momento se transforma na mais pura forma de justiça.
OBSERVAÇÃO: POSTADO POR MARIA RITA SALIBA DE BRITO

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