sábado, 13 de março de 2010
O mercador de Veneza
Escolhi a obra "O mercador de Veneza" de William Shakespeare para analisar o conceito de justiça e vingança, conceitos estes muito bem retratados em meados do séc. XVI.
Como ponto de partida, tem-se o confronto entre os sentimentos bons e maus da humanidade, como por exemplo: amizade, tolerância, intolerância, vingança, paixão, interesse, romance. O personagem que faz um judeu é a representação do que há de pior na alma do ser humano, por possuir os piores sentimentos pelos cristãos, pois acredita que é superior a eles devido ao pensamento de sua religião. Já Antônio, apesar de ser um homem bom, discrimina qualquer pessoa que não seja cristã. Porém a história do "Marcador de Veneza" não é tão simples assim, Shakespeare retrata através de seus personagens míticos, discórdias religiosas, precariedade da justiça da época, ganância e cenas de luxúria que vão além do "dever moral".
Em relação ao direito, as leis de Veneza, se mostram precárias perante a verdadeira justiça, as contradições das falsas palavras não permite que a lei se cumpra.
Assim, conclui-se que o conceito maior da obra é que o ser humano não se considera igual aos outros, já que são julgados segundo a sua religião, raça e classe social. Por isso, muitos conflitos são criados e isso desperta os sentimentos ruins da alma, no caso a vingança. E nem a justiça, que busca a pacificação desses conflitos por meio de leis a serem seguidas, é capaz de controlar esse sentimento que é inerente ao homem. Enquanto a sociedade for formada por preconceitos e estereótipos, haverá tragédias e desentendimentos no mundo.
PS: Não consegui postar o vídeo, mas é só clicar no link abaixo para ver o trailer do filme:
http://www.youtube.com/watch?v=66ZpMTAAAQ0
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