segunda-feira, 29 de março de 2010

Dois anos da morte de Isabella Nardoni e o julgamento que condenou os autores do homicídio.

" Os olhos do Brasil estão voltados para esta sala. As provas são arrasadoras, e as pessoas não querem vingança, e sim justiça."
Promotor Francisco Cembranelli, dirigindo-se aos jurados.
O rigor da perícia técnica, o interesse do tribunal do júri e sentenças rigorosas marcaram o julgamento de Alexandre Nardoni e Carolina Jatobá.
A ausência de depoimentos oculares não fez com que o julgamento se desse de forma vingativa. Ao contrário, o exímio trabalho da perícia técnica, por meio de análise de materiais genéticos, uso de agentes químicos, fez com que se encontrassem provas que deram respostas a lacunas que poderiam se transformar em perguntas jamais respondidas.
Ao contrario do juiz (técnico), os jurados do tribunal do júri não são obrigados a deixar de lado a emoção na hora de decidir e fundamentar suas posições, o que num primeiro momento pode transmitir a ideia de vingança . Mas na verdade, é justo que quem pratica crimes dolosos contra a vida, seja julgado por aqueles que vivem sob os mesmos códigos sociais do réu e assim, possam entender melhor suas paixões e emoções. Os jurados acompanharam os interrogatórios com interesse e em vários momentos elaboravam perguntas, o que mostra mais uma vez, no meu entendimento, o cuidado para não se decidir de forma vingativa e injusta.
Alexandre Nardoni foi condenado a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão, e Anna Carolina Jatobá, sentenciada a 26 anos e 8 meses, ambos em regime fechado, e assim, a Justiça desceu sobre eles como mão de ferro.

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